terça-feira, 23 de junho de 2015

Com os olhos imortais...

Reflita sobre o mal aparente que entra em sua vida. Desabafa se preciso for, todavia contenha as mãos ávidas pela ação do revide. Medita na Lei de Reencarnação. O coração machucado de hoje, comumente, é o carrasco de existências pretéritas. Vítimas e algozes trocam de posição incessantemente a cada nova oportunidade de redenção. Tornam-se, em verdade, parceiros de infortúnios, que cobram dívidas um do outro, sem observarem o tamanho de seus extensos débitos. Ninguém entra em nosso campo espiritual por acaso. As esferas evolutivas estão muito bem demarcadas pela inteligência Suprema. Se o ímpeto que lhe ataca é o da vingança, creia um tanto mais no amor. Recorra ao perdão, não 7 vezes como pensava o apóstolo Pedro, mas “70 vezes 7”, conforme recomendou Jesus. A Justiça Divina não age para humilhar; nela, o agressor encontra trabalho regenerador de suas próprias obras, e o agredido, condições a fim de se sublimar através da renúncia ao orgulho. A dor dilata as potências da alma. O martírio é mecanismo santo dos desígnios de Deus. Abençoa, pois, o verbo que lhe machuca. Em tudo, dê graças ao Senhor. No mundo, o que os nossos olhos vêem está morrendo ou já morreu. Construa por dentro. Faça jus à imortalidade. Redobre seu esforço em preces. Rogue ao Pai que lhe amplie a capacidade de ver. Não por intermédio da carne, mas inspirado pelas claridades do Espírito. O Paraíso não é um lugar fixo. Ele se desdobra onde os seres iluminados estão de passagem. O problema não está naquilo que se vê, e sim, nos olhos de quem vê. O Céu encontra-se no olhar.

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