terça-feira, 25 de agosto de 2015

Com Jesus...

“Pois onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou no meio deles” (Mateus 18:20).

    Não raro, interpretamos esta mensagem consoladora do Mestre sem analisarmos os nossos propósitos. Esquecemos que, um dia, Jesus perguntou a certo doutor da lei: “o que está escrito?” “E como lês?”. Recitar as passagens bíblicas é atitude corriqueira em milhares de casas religiosas espalhadas pelo mundo. Agora, retirar VIDA das Escrituras divinas – trazidas ao nosso orbe – pela linguagem humana, poucos deram conta de fazer. Seria muito simples que um amontoado de gente se reunisse em determinado lugar, e ali, a paz do Cristo estivesse presente. Todavia, não é esse o cenário averiguado na realidade. Reunir-se em nome de Jesus é tarefa para corações que fazem do templo (religião) e da oficina (mundo) uma só casa; ou seja, onde quer que estejam, estudam e trabalham, com esforço, para que, na sua conduta, os semelhantes possam ler uma página do Evangelho. Em seu amor magnânimo, Jesus gostaria que, em todas as reuniões da fé, as portas fossem abertas para ele. Não as portas materiais com trinco e fechadura, e sim, as das almas sinceras que tratam pobres e ricos da mesma forma, que não se aproveitam da boa-fé do próximo, que não se põem acima do bem e do mal e que renunciam aos caprichos humanos para que a voz divina possa tocar os Seus filhos amados.
   Onde encontrar, então, a presença de Jesus? Na qualidade do ambiente, pois onde o Celeste Amigo se encontra, há alegria, esperança frente aos problemas, cuidado com o sentimento do próximo, palavras sadias, mentes renovadas para o bem, perdão das ofensas, poder de renúncia a serviço do bem-comum, sintonia com a espiritualidade superior, fé em Deus e na imortalidade da alma. Onde Jesus se encontra uma simples ameaça à felicidade e ao livre-arbítrio do outro é vista como aberração, uma vez que denota o afastamento da Lei Divina alicerçada no amor. O Cristo disse ser o Caminho, a Verdade e a Vida. O caminho exige alguém para caminhar. O Mestre estará sempre ao nosso lado, mas o trabalho na imensa jornada evolutiva depende do nosso próprio esforço. A Vida é um campo enorme e nele ninguém colhe o perfume do sândalo, plantando ervas daninhas. E a Verdade, conforme salienta Emmanuel, só chega “a ouvidos dignos”, porque nas palavras de Jesus – “Deus não joga pérolas aos porcos”.

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